sábado, 15 de maio de 2010
Usinas vão alagar áreas protegidas da Amazônia
As cinco hidrelétricas que o governo Lula quer construir na região do rio Tapajós (PA) afetarão diretamente 871 km de áreas protegidas de floresta, o equivalente a meia cidade de São Paulo, informa a reportagem de Claudio Angelo publicada na edição deste sábado da Imprensa (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).
O cálculo foi feito pela Imprensa com base em dados preliminares do estudo de inventário hidrelétrico dos rios Tapajós e Jamanxim, produzido pela Eletronorte e pela Camargo Corrêa.
Segundo o relatório, os reservatórios das usinas devem alagar parte de dois parques e três florestas nacionais. Nos parques, só se permitem pesquisa e turismo; nas florestas, instalar hidrelétricas é proibido.
Desde abril, porém, decreto federal autoriza estudos para hidrelétricas em unidades de conservação. O governo fala em fazer "usinas-plataforma", o que minimizaria o desmate.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, o conceito de usina-plataforma nasceu de "uma constatação de realidade": há muito potencial para explorar em áreas não antropizadas, mas ninguém quer mais o desenvolvimento predatório da Amazônia.
"Você já viu nascer alguma cidade em uma plataforma marítima?"-questiona. Segundo ele, a construção seria feita de forma a impactar só a área do canteiro de obras, que seria depois abandonada para a regeneração da mata.
FONTE: DREAMULE NEWS
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